Eu te amo, disse baixinho, pensando que ele dormia. Fingia, o danado. Esperou que eu adormecesse, virou-me de costas, baixou a alça da camisola e me escreveu, com a língua, o mais belo poema de amor que alguém já escreveu. O que dizia? Não sei. Como ele, pouco antes, eu também dormia.