Cida Pedrosa
milena
gosto quando milena fala
dos homens
que comeu durante a noite
é a única voz soante
nesta cantina de repartição
onde todos contam:
do filho drogado do preço do pão
do sapato carmim, exposto na vitrine
da rua sicrano de tal do bairro
de casa amarela
onde você pode comprar
e começar a pagar apenas em abril
sem a voz de milena
o café desce amargo
Comentários:3
Uma delícia de poema, Márcia!!!
Um cafézinho doce e um beijito deste lado de cá... :))
A Milena das quecas mil?
Bem contadas, essas histórias são muito mais interessantes.
Mas ela respeita o segredo profissional? Ou será que é amadora...
Gostei do teu poema.
De facto há muita conversa da treta por aí (por aqui também).
Beijinho e bfs.
Amiga,
que beleza!
beijo.
marizoca
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