Esther Maria Duarte Lúcio Bittencourt
sara
o lugar onde nasci
o de claras vagas
um dia iria partir.
por fim foi-se onde nasci
quando não encontro mais
a chave de meus dedos
e também onde o sol
calou-se. só aquece
dissolvendo a rala carne
brota toda noite aguda
uma pedra que limo
de dia, e rói o peito
levo-a com cuidados
à fonte onde perfuma o alecrim
sinto na pedra eu em mim
quando encontro os braços
que em loucos devaneios
pensavam ser aragem
revejo o rosto boiando no espelho
estava na água, olhar no astro.
a pedra, esta pedra é meu leito.
ágora onde morri ainda viva
e caminho na tua voz memória
recupero em sopro sua medida
ah, o que devolver não pode
reconstruo-me na ferida
os pés retornam à perna.
há imagem.
mas o lugar onde nasci,
levou-me a este parto à margem
veleja em si consciente a viajem.
leia mais esther aqui e aqui.
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